domingo, 22 de janeiro de 2017

Ruth Benedict - O Crisântemo e a espada


Ruth Benedict - O Crisântemo e a espada. Capitulo I, “ Missão Japão” e o capitulo II “ Os japoneses na guerra” e capítulo III “ Assumindo a posição devida”.

Ruth Benedict foi uma antropóloga americana, nascida em 1887 na cidade de Nova York e morreu em 1948.  O livro “Padrões de culturas” foi sua obra de maior destaque, sendo traduzida em quatorze línguas.

O “Crisântemo e a espada”, publicado em 1946, dois anos antes da sua morte, foi uma etnografia encomendada pelo departamento de guerra dos Estados Unidos.
Naquele momento os Estados Unidos estava em guerra contra o Japão, logo após o ataque a Peral harbor. A etnografia foi feita a distância, já que, Benedict não poderia ir ao Japão, já que o país estava em guerra. Seu trabalho foi feito a partir de livros, recortes de jornais, revistas e depoimentos de jornalistas e imigrantes, todo seu material de pesquisa foi baseado em informações de segunda ordem.
No decorrer de sua etnografia Benedict sempre trabalha com o jogo de comparações entre as duas culturas (a americana e a japonesa). Tornando o exótico familiar e o familiar exótico. Por exemplo: Para os americanos era um comportamento normal que as famílias dos prisioneiros de guerra fossem avisadas sobre a sua condição, mas para os prisioneiros japoneses isso era considerado uma condição de vergonha, preferindo o silêncio.
Os japoneses temem muito o julgamento da sociedade e supervalorizam a autodisciplina. Sempre buscando a perfeição.  Por isso não obter êxito em alguma empreitada levam alguns indivíduos até ao suicídio.

Benedict recebeu algumas criticas ao falar sobre “Cultura japonesa”, pois, tal afirmação poderia levar a generalizações, devido ao imenso tamanho e a diversidade do país asiático.
O “Crisântemo e a Espada” até hoje suscita polêmica dentro da antropologia, já que a autora não utilizou o método da observação-participante, não foi realizada a pesquisa de campo estabelecida como método da antropologia por Malinowski, já que Benedict não poderia ir ao Japão que se encontrava em guerra.
Com o “Crisântemo e a Espada” Benedict, inovou dentro do campo da antropologia, mostrando ser possível a realização de uma etnografia à distância se as situações reais não possibilitarem a pesquisa de campo.

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