segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Hélder Luís - Antropologia do Económico "Resumo"



Elaborado por: Hélder Luís



Introdução


O presente trabalho aborda acerca da antropologia económica, o seu contexto histórico, seu objecto, método, campo de actuação, abordagens económicas dos formalistas e dos substantivistas. Antropologia económica é a área de pesquisa académica que tenta explicar o comportamento humano usando tanto a ferramenta económica quanto da antropológica, está é praticada predominantemente por antropólogos. Existem três grandes correntes de pensamento no campo da antropologia económica: formalista, substantivista e marxismo. O objecto da antropologia económica é muito amplo e transcendente pelo que habitualmente se entende como económico em sentido restrito, ele é totalizador na antropologia até que se considere integrados nos distintos domínios da cultura e por conseguinte se analise a economia em sua relação com o parentesco, a organização social, a política, a religião e os sistemas de representação. Mas a economia se considera fixa pela sociedade e isto implica reconhecer que as funções económicas podem realizar-se através de diversos tipos de instituições reciprocas que se vê presente no económico e emprega muitas outras dimensões da vida social.

A Antropologia Económica

Para a percepção da antropologia económica é importante perceber o que entende-se por economia 


A economia é geralmente entendida através de dois significados diferentes, de um lado podemos tela como actividades, indicadores ou processo que tem haver como a criação, distribuição e consumo de bens e serviços ou seja uma área da cultura e segundo significado é atribuído em relação as acções motivado por cálculo busca racional para maximizar o benefício ou optimizar os meios de comunicação em relação a fim ("salvar"), isto é, uma forma de comportamento. Podendo estes ser tido como substantivista e formal. Segundo Molina citando (Polanyi, 195).


O Contexto Histórico da Antropologia Económica


No século XIX e inícios do século XX, antropologia tentou acomodar a economia com a tecnologia, assim foi chamado o início da antropologia económica, emergindo o início do debate substancial na economia e na antropologia, acerca do campo de pesquisa da economia, natureza de sistemas económicos e como deveriam ser estudados, assim chegando a um acordo: que a actividade económica é considerada como um processo social e também e necessário levar em conta a tecnologia considerando aspectos do sistemas económicos mas ela não sendo como o próprio sistema económico. 

Segundo Argemir (1998) a antropologia do económico surge em torno de grandes debates do saber económico entre o pensamento neo-clássico e o pensamento marxista. No que diz respeito ao pensamento neo-clássico está olha para a economia como uma esfera separada e com as suas próprias leis, propõem que o valor não depende das coisas mais sim das necessidades individual. Para Molina (2004) quanto ao pensamento marxista este faz uma critica a contradição que existe entre a classe dos proprietários capitalistas e assalariados com a determinação do trabalho como fonte do valor, esta posição e defendida por Karl Marx. Goderlier (1967) diz que também a antropologia política aparece paradoxalmente a economia política, antiga com uma das suas esferas particulares que esclarecem os mecanismos singulares das sociedades industriais modernas. Também por sua vez a antropologia económica toma a seu cargo a elaboração de uma teoria geral das diversas formas sociais da actividade económica humana. Todos os méritos vão primeiro antropólogo económico Malinowski, foi o pioneiro no campo da antropologia económica focalizando-se na no conceito do “ homem económico” e onde todas as teorias dele deriva, assim sustentado o quão a complexidade das actividades económicas das sociedades ditas primitivas poderia ser, como o comércio elaborada pode ser, e como detenção de direitos de riqueza se estabelecem/são. Malinowski foi além das preocupações normais de economia convencional para mostrar como a actividade económica estava intimamente associada a outros aspectos da cultura.

O Objecto e Método da Antropologia Económica


A antropologia económica tem por objecto as análises teóricas comparando os diversos sistemas económicos reais e possíveis. Para elaborar esta teoria, a antropologia económica extrai seu material de informações concretas dadas pelo historiador e pelo etnólogo sobre o funcionamento e a evolução das sociedades que eles estudam. Porque o estudo comparado pelos sistemas económicos é muito mais que uma necessidade histórica, imposta pela preocupação abstracta de entender o campo da economia política unificado sobre o corpo de princípios de uma hipotética teoria geral. É preciso antes de mais lembrar que está dupla exigência teórica e pratica de comparar os sistemas económicos diferentes vem se manifestando desde o nascimento da economia política clássica e por sua mesma razão de ser (idem 1967: 3-4). 

Os fisiocratas procuram buscar os princípios de uma economia racional enquanto natural, pelas estruturas e regras económicas do antigo regime herdadas do feudalismo, aparecendo como tabuas de progresso do comércio e produção, por conseguinte adequar a harmonia da sociedade. Sendo necessário o câmbio do edifício económico irracional para por o mundo de acordo com os princípios da razão natural. Se vê como consequência a noção da irracionalidade situada no centro de toda a reflexão económica, ser a mais necessária e a mais discutida de todas as categorias da economia política, supondo que se a antropologia económica é uma prolongação da economia política deve conduzir a uma renovação da noção de racionalidade económica (idem 1967: 5).

O Campo da Antropologia Económica


A antropologia económica apresenta-se como um ramo da antropologia que trata do funcionamento e da evolução dos sistemas económicos das sociedades primitivas e rurais.

Para afirmação deste campo da antropologia passou por algumas dificuldades entre as quais: a distinção entre antropologia económica e economia política. A dificuldade está na própria definição da antropologia. Umas vezes é definida de forma abstracta, de certa maneira totalitária, como sendo ciência do homem, outras vezes a antropologia é definida de maneira restritiva, mas próxima da sua prática real, como ciência “regional”.

Podemos classificar em três categorias os tipos de sociedade analisados pela antropologia; sociedade sem classes; formas primitivas de sociedades de classes; comunidades rurais que, embora integradas em Estados conservam traços da organização das sociedades arcaicas e mantêm-se ao lado de uma economia de mercado não mercantis de competição e de troca.

As Abordagens Económicas Formalistas e Substantivistas na Compreensão dos Sistemas Económicos


Tanto a abordagem formalista como substantivista estudam a economia como parte das sociedades humanas. Dentro de tal contexto, os formalistas consideram o individuo como a unidade básica que toma decisões económicas baseadas em benefícios económicos. A primeira definição é formal ao objecto que ela atribui a ciência económica é o estudo de toda a actividade finalista possuidora de uma lógica que assegure a sua eficácia frente a uma série de exigências pela combinação de um conjunto limitado de meios. 

E os substantivistas, por outro lado colocam o individuo no contexto da sua sociedade e cultura e sustentam que as suas decisões, são então não mais baseadas puramente no benefício económico, mas em outros factores culturais também. A definição formal da economia não perde todo interesse. O problema e saber até que ponto, nos diferentes modos de produção, os indivíduos e os grupos organizam as suas actividades de modo a maximizar vantagens sociais. A abordagem normal não permite analisar as propriedades do sistema económico e social que não são nem queridas nem muitas das vezes conhecidas dos seus agentes.

A Economia Baseada no Mercado


Nota-se que as abordagens formalistas e substantivistas ficam próximas quando discutem assuntos relacionados com as economias do mercado. A teoria formal sustenta que como as mercadorias são trocadas com base no preço parte de que o individuo faz as decisões de compra com bases nos benefícios que pode esperar gastar o montante acordo. Mas a abordagem substantivista concorda que está análise económica é válida, mais introduz uma dualidade afirmando que a teoria economia formal é apenas por pouco aplicável enquanto uma abordagem mais ampla deve incluir a forma como o individuo imerso em sua cultura e sociedade. 

Os Mercados institucionais


Os substantivistas afirmam que é relevante mesmo nas economias com base no mercado, embora concordando que a actividade económica estritamente definida por indivíduos possa ser explicada pela economia formalista ela examina os mercados institucionais e acha que os factores económicos clássicos nem sempre explicam a actividade económica nesses mercados, como por exemplo as decisões de contas feitas por empresas, organizações de governo sem fins lucrativos nos mercados institucionais são mais complexas. Outros factores que são mais que puramente benefícios económicos tais como política proteccionismo e preferências culturais muitas das vezes desempenham um papel importante. A teoria substantivista argumenta que é necessário considerar o contexto social e cultural da actividade do económico.

A Economias Centralmente Planejadas

A abordagem formalista é uma aplicação universal pois sustenta que, mesmo quando um individuo estiver limitado nas suas escolhas, como em economias planificadas ainda existem custos e benefícios económicos para as decisões económicas e o individuo sempre tomara tais decisões com base nesses custos e benefícios. A teoria substantivista sustenta que especialmente nas economias planificadas as decisões tomadas até mesmo em um nível individual não serão puramente económicas. Ela introduz factores relacionados a natureza das sociedades que existe em economias planificadas e argumenta que como resultado não existe nenhum método universalmente válido. 

A Economia no Contexto Primitivo

A economia formalista teve que se adaptar ao aplicar a abordagem universal para as culturas primitivas, visto que as populações pra agrícolas tiveram poucas actividades que qualificam o comércio. Os economistas formalistas aplicaram suas decisões para incluir benefícios culturais e sociais como base de decisões. Isso trouxe para mais perto a abordagem substantivista, que no entanto afirma que os factores culturais e sociais são exclusivos de determinadas sociedades e devem ser considerados isoladamente e não aplicados como parte de um quadro económico universal falso.

Conclusão


No final do trabalho notou-se que ao se estabelecer conexões entre a economia e a sociedade não podemos esquecer por um lado a própria relação que se estabelece entre as sociedades, o intercâmbio que existe entre elas e o processo de câmbio que transforma tais relações e intercâmbios. Em vigor se tem se diferenciando a antropologia dos económicos e a antropologia dos ecológicos mais essa ultima se considera parte integrante da primeira sendo que os temas interessantes e os problemas relevantes são diferentes para cada orientação.

Os antropólogos económicos se interessam apenas aos processos adaptativos, as analises dos fluxos energéticos. As respostas dos problemas humanos pelos câmbios ambientais. Enquanto os antropólogos ecológicos por sua parte dificilmente tratam de questões como a criação do valor, as transacções materiais, a utilidade marginal, as condições de reprodução da forca do trabalho. 

No sentido antropológico podemos associar a economia formalista a teoria evolucionista pela universalização das sociedades e a economia substantivista a teoria relativista por considerar as sociedades em parte, no sentido de que cada sociedade é uma sociedade.

Referências Bibliográficas


ARGEMIR, C. 1998 in: Antropologia económica. Barcelona: UAB.

GODELIER, Maurice. 1967 in: Ideias e Valores. Revista do Departamento de Filosofia da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Nacional.

MOLINA, José Luís. 2004 in: Manual de Antropologia Económica: UAB.

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