Como podemos ver ao longo de nossos estudos, Franz Boas e Bronislaw Malinowiski foram os fundadores do trabalho de campo na Antropologia. Rompendo com os laços evolucionistas, estes pensadores propõem o estudo aprofundado, contínuo, baseado interação e observação direta de pequenas sociedades não ocidentais.
Franz Boas ancorou-se em um dos pontos mais importantes da etnografia: a observação participante. A partir dela surgem as anotações, os diários de campo, depoimentos, as entrevistas, os registro através de vídeo/fotografia enfim a coleta de dados do grupo estudado. Através desses dados é que o antropólogo põe-se a 'escrever sobre a cultura em questão ou a prática cultural então observada' (lembrando Geertz, 1978).
Em outras palavras, o autor em questão acreditava que essa coleta minuciosa de dados culturais, obtidos nas pesquisas de campo, permitiria com que se tornasse possível ter um melhor conhecimento da vida dos mais variados povos. Quanto maior for o contato com os nativos maior será a chance de interpretar suas vidas (costumes, crenças) de maneira mais próxima a verdade.
Destacando o trecho seguinte, podemos entender o quanto era especial e de muita importância o envolvimento profundo com a cultura estudada, a ponto de que fosse se despindo o antropólogo de outrora e novas roupas fossem lhe cabendo, a cada detalhe incorporado.
"Eu não tinha interesse por bruxaria quando fui para a terra Zande, mas os Azande tinha; de forma que tive de me deixar guiar por eles." (Evans Pritchard, 1978).
Estudos apontam que Franz Boas interessou-se pela Costa Noroeste dos EUA. Segundo ele, as migrações ao longo da linha costeira poderiam facilitar um “intercâmbio” cultural por difusão entre Velho e Novo Mundo.
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